domingo, 18 de dezembro de 2016

ESPADAS DE MOSQUETEIROS, PIRATAS E AVENTUREIROS


Houve uma época aonde aventureiros ocidentais travavam combates com classe, perícia e sagacidade. Essa era onde os espadachins eram exímios recebeu o nome de CAPA E ESPADA. No post de hoje, abordaremos as espadas desse período de mosqueteiros, bucaneiros e fanfarrões.



RAPIEIRA

A rapieira ou rapier faz parte de um grupo distinto de arma branca. Esta espada comprida e estreita com uma proteção guarda mão elegante primordialmente era uma arma de perfurações. Algumas versões tinham fio de corte de ambos os lados, enquanto que outras apresentavam esse fio apenas em um lado e outras ainda, não apresentavam fio algum. Apesar da lâmina ter largura suficiente para desferir golpes cortantes, o poder da rapieira vem da sua habilidade de perfuração.  Uma típica rapieira tem de 1m a 1,5m de lâmina , e com largura de apenas 2,5 centímetros.
O fato desta arma permitir reações rápidas e ser de longo alcance a tornou-a ideal para duelos de civis, sendo adotada e preferida em contendas por civis, mosqueteiros da França e piratas de varias nacionalidades. O auge do seu uso se deu nas regiões de Portugal, Itália e Espanha, nos séculos XVI e XVII. Apesar de visualmente parecer um florete mais pesado, os estudiosos afirmam que esta arma é muito aparentada com uma espada chamada  tizona (veja mais sobre a tizona aqui). A combinação da rapieira com a adaga é extremamente eficiente e mortal
Apesar da rapieira ser a arma mais desejada, o mais comum para um cidadão que desejasse se defender esgrimando era empregar o estoque ou o sabre .




ESPADA  ESTOQUE

Também chamadas de arma de estoque, espada pequena e dress sword pelos ingleses. Parecida com uma rapieira, se diferenciava pela proteção guarda mão ( mais robusta e menos elegante), tinha lamina triangular ou quadrangular, podendo ter ou não fio de corte. Sua guarda mão a tornava ideal para os combates próximos e  estocadas (daí o seu nome). Seu poder de  perfuração era tamanho, que podia penetrar diretamente numa armadura ou mesmo no espaço entre as placas. 
Esse tipo de espada pesava em torno de 1 kg e tinha em média 1,15 m (uma pequena lança). O pouco peso em relação ao comprimento se deve ao fato de ser relativamente fina e feita de uma liga especial. Mais rápida que a rapieira, exigia movimentos mais refinados e descartava o uso da adaga, sendo logo adotada por cavalheiros em seus duelos de "honra". Foram bastante exportadas da Europa para o Caribe, aonde faziam bastante sucesso.  Provavelmente a estoque foi a lâmina que influenciou Napoleão Bonaparte a desenvolver a baioneta, a lâmina que se prendia ao fuzil.




SABRE


O sabre é basicamente uma arma de corte, com lâmina ligeiramente curvada e de um fio só.   Enquanto a rapieira, o florete e a estocata eram armas para duelos civis, os militares preferiam o sabre pois este permitia tanto o corte quanto a perfuração. Originário da cavalaria, seu cumprimento era o  ideal para atingir tanto cavaleiros como infantaria inimiga. 
Enquanto a rapieira e a estoque eram armas de perfuração, o sabre dominava no poder de corte . Isso aliado à sua velocidade, fez com que esta arma logo integrasse o armamento de cavalarias e marinhas de vários países. Haviam diversos tipos de sabres, para os mais diversos usos. Nos confrontos, levavam vantagem os sabres mais leves, que permitiam golpes mais rápidos e um manejo mais preciso.
Os sabres também foram empregados por piratas ocidentais. Os capitães desses navios eram decididos pela tripulação através de lutas, e geralmente o vencedor, era o que mais dominava a técnica de esgrima, elevava seu posto dentro do navio.  
É importante lembrar que a lâmina fixada no mosquete ou na espingarda, tornando-os uma baioneta, também é chamada de sabre.



ADAGA/MAIN GAUCHE/DAGGER


Adaga e rapieira...Uma combinação mortal
Na Renascença, as adagas eram um elemento constante para homens de qualquer idade. Podia ser usada de forma individual ou como  arma auxiliar na esgrima, aparando os golpes da espada com a parte plana da adaga. Normalmente era portada na cintura ou presa na bota, podia ser sacada rapidamente pela mão esquerda, visto que a direita estava ocupada segurando a rapieira ou a estoque. Poucas vezes era empregada como arma única. as exceções eram no combate à curtíssima distancia (quando não havia espaço para usar a espada/sabre de forma eficiente). Outro uso é quando se enfrentava um oponente que manejava uma faca: normalmente a adaga era usada para cortar a mão do adversário e acabava rapidamente com o confronto. Quanto a arremessos de adagas, era comumente usado um feito por baixo da mão , no qual a faca ia com a ponta para frente, sem giro.

O MANTO/CAPA

Apesar de não ser própriamente uma arma, a capa era comumente empregada em duelos na mão esquerda com dois objetivos principais:

  • Proteção, agindo como um pequeno escudo ou um broquel contra a espada ou uma adaga
  • Agarrar a arma adversária, de forma semelhate a um chicote;
  • arremessar contra a visão do adversário como forma de distração ou finta.



Best Regards
Felipe Albuquerque
Estuda Aikido, Aikijutsu e Goshin Jitsu
Tendo como eterno parceiro um mosqueteirinho pra lá de legal

REFERENCIAS
WIKIPÉDIDA: ESPADA ESTOQUE
WIKIPÉDICA: SABLE
MUNDO DOS PIRATAS
CASTELO HISTÓRICO
Confraria de Arton

Imagens: 
https://66.media.tumblr.com/7135474adb67dd1c20faa7dcb2217eda/tumblr_o5vxc633SG1v6w3juo1_500.gif
http://blog.lucylocket.com/wp-content/uploads/2014/07/giphy-2.gif
http://4.bp.blogspot.com/-a_4LVnOEdKQ/UZY3d0eSumI/AAAAAAAAE6g/7YIR1iW1ks/s1600/Maureen+O'Hara23.gif
http://www.livroseopiniao.com.br/2011/09/verdadeira-historia-de-dartagnan-athos.html

1 comentários:

Manoel Felipe M de Albuquerque disse...

Possivelmente estas três armas da Renascença influenciaram a nossa esgrima moderna.
A rapieira deu origem à espada
A estocata deu origem ao florete
E o sabre deu origem à arma de mesmo nome da esgrima moderna

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